Seria tão bom se o racismo não existisse mais. não é mesmo?\n\nSeria tão maravilhoso se as pessoas e a sociedade tivessem um nível de conscientização. onde verdadeiramente todos fossem tratados e respeitados como iguais que somos.\n\nMas não. ainda precisamos apontar e dialogar. transformar a fala em atitude. mudar concepções e evoluir como sociedade. como pessoas...\n\nO racismo estrutural. foco de nosso debate e predominantemente presente nesta revista. vem de encontro com a necessidade de reflexão e mudança e problematiza o quanto ainda está presente na sociedade.\n\nA HQ Zuri. nome derivado dos povos africanos. da língua suaíli. que significa \u0022bonita\u0022. traz de maneira simples. direta e pelo olhar de uma criança a dor e o sofrimento das pessoas pretas. devido ao racismo estrutural e à utilização de expressões racistas tão enraizadas na Língua Portuguesa.\n\nÉ justo e correto as pessoas pretas terem sua cor relacionada a algo ruim. negativo e triste? É justo sofrerem bullying e preconceito étnico-raciais? Não! Claro que não! E é isso que Zuri nos sinaliza. a importância de mudanças pessoais e coletivas urgentes.\n\nEsta HQ busca o enfrentamento ao preconceito. à desigualdade e à violência. principalmente a verbal. através da conscientização para uma mudança de postura e de linguagem. buscando a valorização e o empoderamento do povo preto.\n\nZuri ganha novos olhares para si e para o outro e traz todo o orgulho de ser quem é. uma menina linda e preta.\n\nA HQ tem roteiro de Eliane Bonadio e arte de Bianca Mól.