Obra, a vida provisória” narra a história da construção de um prédio de três andares,
destinado à nova classe média que surgia na capital mineira, na década de 1960. Conta a
vida dos trabalhadores que ergueram a edificação com os seus dramas diários. A
maioria desses operários veio do interior à procura de um lugar ao sol na capital,
sobrevivendo com baixos salários, em moradias precárias nas favelas dos quatro cantos
da cidade. No início da obra, uma descoberta macabra no terreno altera o andamento da
obra e interfere na vida dos personagens. Mostra também a impunidade de crimes e a
corrupção no processo da gestão da obra. O romance retrata as relações sociais no
ambiente de construção civil nos anos 1960 na capital de Minas, realidade que pode ser
extrapolada para o Brasil.