AMÉLIA MACHADO Amélia é de ‘uai’, café e fruta do quintal. Nascida e criada no centro-oeste mineiro, encontrou, na palavra e no caminhar pelas montanhas, o caminho de si. A palavra veio logo cedo pela escrita, a montanha pela escalada. Dos papéis de pendurar na parede, vive com carinho a formação em Comunicação Social pela PUC Minas. Rabiscou poemas que deu vida ao livro O que brota na terra vermelha do meu cerrado, publicado pela Quintal Edições. Feito água de rio é a sua primeira prosa. * Como nasce caminho? Numa pergunta despretensiosa cabe o mundo inteiro. Nesse Feito água de rio também. Esse livro é a história de uma menina, mas não só: porque é a história de toda a gente, da água e de toda a vida que vem com ela. É a história de Manu, de Cataguás, de Opará. Uma travessia, que dá sim um pouco de medo, mas que inspira coragem. Esse livro são as melhores palavras de uma autora que sabe aonde vai, que nos pega pela mão e nos mostra um mundo de encantos, de bichos tantos, de surpresas, e de novas chances. Um mundo em que o bicho-humano tem a chance de fazer diferente, se a gente souber ouvir. Ouviremos Amélia? Eu espero que sim, é uma chance única e rara. Ela nos ensina que o caminho nasce no primeiro passo. Aqui, o caminho nasce na primeira página e nos é dado o privilégio de acompanhar. De conhecer uma terra mágica, de caminhar com os seres da floresta, das águas, com a vida que brota de todos os cantos. De fluir com o rio. Vamos? — Marcela Dantés