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Literatura
A carne perpétua
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O novo livro das premiadas autoras Lilly Araújo e Viviane Ferreira Santiago será lançado nesta sexta, 20/10, a partir das 19h na Biblioteca Pública Municipal Prof. Nelson Foot, em Jundiaí. Publicado pela Telucazu Edições, com o apoio do ProAC – Governo de São Paulo, a obra poética reforça as dificuldades e superações da mulher em suas múltiplas trajetórias. De acordo com Maria Fernanda Elias Maglio, defensora pública e escritora que venceu os importantes prêmios Jabuti e Biblioteca Nacional: “Lilly Araújo e Viviane Ferreira Santiago conduzem o leitor pelo caminho da poesia feita por mulheres, sobre mulheres, para mulheres. E não é uma condução gentil, de pegar na mão e convidar: venha. Lilly e Viviane escancaram a urgência da violência, da dor, da misericórdia. A Carne Perpétua é um livro necessário e apenas por isso já valeria a leitura. Mas não é só. É um livro necessário e também belíssimo, de uma sensibilidade que dói e encanta. Por meio da poesia, Lilly e Viviane clamam para que nenhuma Eva morra sozinha, para que nenhuma Eva morra extraviada, para que nenhuma Eva morra.” As próprias autoras também receberam importantes prêmios, inclusive com poemas que versam sobre as narrativas das mulheres em um contexto de desigualdades sociais e de gênero, vencendo juntas, por exemplo, o importante Prêmio FEMUP, entre vários outros. Éder Rodrigues, doutor em Estudos Literários pela UFMG e professor da UFSB, traça um paralelo entre “A Carne Perpétua” e a leitura de obras como “Mulheres que correm com os lobos”, de Clarissa Pinkola Estés, e “Calibã e a bruxa: mulheres, corpos e acumulação primitiva”, de Silvia Federici, ressaltando que “se essas duas obras demarcam estruturalmente como ocorreram os seculares apagamentos da presentificação da mulher na topografia sociocultural e subjetiva, é com o vigor de “A carne perpétua”, de Lilly Araújo e Viviane Ferreira Santiago, que o eco de tantos silenciamentos consternam a ponto de costurar e descosturar inúmeros fios atravessados pelo gargalo da história e pela poesia das coisas.” E conclui: “As vísceras de uma sociedade tristemente ancorada no patriarcado e suas violências não são economizadas nesse grito coletivo que as autoras fazem coro engrossando os megafones. Pelo contrário, o prospecto crescente dos feminicídios, em suas veladas ou explícitas raízes e facetas, vai sendo desfiado a partir da crueza de todos os atos. A carne perpétua é um livro escrito a quatro mãos, mil corações saltados do peito e uma história inteira a ser relida a partir dos interditos que essa obra agarra e afia."