No primeiro capítulo de Quase nada de azul sobre os olhos já sabemos que estamos diante da fuga- ou da liberdade- Como ainda não sabemos o nome da personagem de que se trata- podemos confundi-la com outras- também com motivos suficientes para embarcar em um avião rumo a outro país- sem deixar endereço- Na sequência- a autora- Henriette Effenberger- nos apresenta uma galeria de personagens intercaladas com muita habilidade- Nessa galeria- homens ausentes: pais- avôs- maridos- amantes; e mulheres presentes: mães- esposas- filhas- amantes- secretárias- empregadas domésticas- As histórias vão se cruzando- formando um mosaico cujos dramas pessoais se forjam nas relações românticas e parentais- Há dois mundos explicitados- o da vida privada e o da vida pública- Em pouco tempo percebemos o fio da meada: mulheres cuidam-