Arthur Balan- jornalista e escritor de 56 anos- recebe a notícia de que tem um câncer incurável- Confinado a um leito de hospital- decide escrever as suas memórias enquanto espera pela morte- Ao mesmo tempo- reflete sobre o suicídio da mãe e procura nos filósofos as repostas para as perguntas mais fundamentais-
Romance de formação- livro de memórias- um longo ensaio sobre o significado da morte para a Filosofia- a história do suicídio- um delírio final em forma de peça teatral: Nirvana é tudo isso- uma obra plural e multifacetada- Segundo o editor Daniel Osiecki- Mestre em Teoria Literária- “Marcelo Nunes demonstra uma ótima variação estilística; seu texto fica entre a narrativa mnemônica noir- narrativa atmosférica (aquela em que- segundo Eduardo Lourenço- o espaço exerce influência direta sobre a ação) e a experimentação linguística”-
Para o filósofo romeno Emil Cioran- “A doença torna a morte sempre presente; os sofrimentos ligam-nos às realidades metafísicas- realidades que um homem normal e com boa saúde jamais compreenderia”- Sendo assim- ao acompanharmos o ocaso de Arthur Balan- nós podemos ter um vislumbre dessas realidades- e talvez (se prestarmos atenção) ganhemos uma nova percepção sobre a vida e a morte-