digitalização de impressos e manuscritos e a disponibilização de cópías digitais na internet são hoje ferramentas muito valiosas- pois facilitam a leitura e a análise desses documentos. Mas como os historiadores que pesquisam registros escritos e visuais de seculos atrás lidam com essa aparente facilidade? Os textos aqui reunidos podem responder a essa pergunta- porem- mais que respostas- este livro ilumina os modos de se fazer história hoje com uma lente de aumento na cultura escrita e visual produzida na epoca Moderna. Pautando-se numa conversa entre a tradição e o novo- temos aqui um rico encontro de ideias e reflexões em torno da história- do historiador- de sua função social e das fontes. A relação entre historiadores- textos e imagens e um tema essencial- sendo explorado neste livro sobretudo por dois eixos: a materialidade dos documentos e o importante diálogo com a crítica literária. Unindo seu conhecimento em pesquisa à prática de sala de aula nos cursos de graduação e pós-graduação- Rodrigo Bentes Monteiro convidou autores para compartilhar experiências e pensar questões como anacronismo- presentismo- autoria- cópía- gêneros de escrita e de representação- os textos enquanto artefatos e outros temas atuais. Os autores dos textos nesta obra não estão entre aqueles que ditam normas de conduta aos pesquisadores sem realizar seus próprios trabalhos de análise. Ao contrário: o foco deste livro e a compreensão de escritos e imagens produzidos entre os seculos XV e XIX- alem de avançar no debate sobre esse material. Os autores se revisitam em seus fazeres e lugares- sem deixar de problematizá-los. Trata-se de desenvolver uma tendência da historiografia contemporânea de restabelecer a crítica das fontes a partir de um olhar apurado sobre uma obra escrita e/ou visual sem esquecer seus suportes em papel e tinta- seus lugares de depósito e as trajetórias sociais. O que os originais podem nos informar? Os historiadores se recusam a estabelecer uma identida