O jornal enfrenta opositores como Carlos Lacerda, que também se opunha ao governo Vargas, mas este não é o único problema de Marcos, o protagonista. Jornalista torturado na ditadura Vargas, ao ser convidado por Samuel Wainer, Marcos primeiramente se recusa, mas acaba aceitando fazer parte da redação. Tendo que lidar com as exigências da militância e com dificuldades financeiras, o caminho tortuoso deste personagem é o pêndulo ideológico e moral que não o afronta apenas na redação, mas também em seu relacionamento familiar.
O romance é lapidar em nos lembrar a história do país sem expor qualquer ranço da pesquisa histórica que lhe serviu de base. O resultado é um bordado que camufla o cerzido e deixa ver apenas o que interessa: a boa literatura.