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Literatura
Rinoceronte
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Rinoceronte reúne dezoito poemas em prosa. escritos em estilo conciso e lacunar. em frases curtas e muitas vezes nominais. de tom rascante e apocalíptico. Os poemas se constroem por acumulação de imagens contraditórias e atordoantes: “ir em frente para trás” (“Aos trancos”); “ainda enquanto se constrói o desmonte” (“À toda”); “a noite é de dia” (“Engrenar”); e como diz o poema que abre o livro: “tudo demorou muito rapidamente” (“Estrato”). Certos animais acorrem com frequência nos textos e compõem um bestiário de corpos incompletos e indiferentes. É o caso dos cães (“um rabo de cão cada vez mais ao longe”). aves (“um pássaro exceto seu par de asas”) e insetos (“Um pernilongo sobrevoa o anticadáver”). além do rinoceronte que dá título ao livro. Em “Engenho”. um “rinoceronte sem freios” se junta a um navio encalhado no horizonte. asas de pedra. uma flor de ferro e um bonde que não passa. Algumas construções apontam para o paroxismo de tempos extremos: “A noite era muito além da escuridão” (“Estrato”); “as forças estão agregadas para a paralisia” (“Império”). Temas contemporâneos. como o nomadismo. a violência e a exclusão ganham formulação exasperada em “Perspectiva” (leia ao final).