Magro, comprido e portando bermuda e camisa de malha com uma inscrição em idioma a ele estranho, o jovem entra no pequeno quarto, puxa uma cadeira esquecida num canto e senta-se de frente para o velho. Na parede atrás dele há uma velha gravura de um mar muito azul cercado ao fundo por montanhas azuladas com topos brancos de neve. Retira os fones de ouvido, o que permite ao velho escutar ao longe uma dessas canções da moda e, mesmo educando-se para que o outro não perceba, deixar escapar uma expressão descontente."
O que aconteceria se um menor infrator, por determinação da Justiça, fosse condenado à pena alternativa de acompanhar idosos em um asilo público e acabasse conhecendo um velho cego e amargo?
Um mora no Babilônia, comunidade do Rio de Janeiro, e é daqueles que tiveram um destino indesejável em um país desigual.
O outro já teve quase tudo. Quase. Amou e abandonou na mesma proporção. Mas ficou um desejo não cumprido até então: conhecer a Patagônia.
Os dois, perdidos e sozinhos numa dimensão que nem a memória dá conta.
Que amizade dali nascerá?
O que é a verdade para aqueles dois personagens?
Romance do mesmo autor de "Satie manda lembranças"!