Numa bem doseada mistura de realidade e ficção protagonizada por Ana, uma mulher que enfrentou uma infância difícil – aliás na senda das mulheres infelizes da família: mãe, a avó e bisavó -, um casamento fracassado, violência sexual – iniciada pelo próprio pai – e uma depressão, surge a imensa e intensa conversa confessional de uma filha para com sua mãe, sempre na primeira pessoa e em forma de tratamento íntimo. Ao todo são mais de quarenta cartas, o que demonstra, a par das viagens efectivas e afectivas ao Egipto, México e França, que a protagonista faz a grande viagem, “acompanhada pela mãe”, ao interior de si mesma.
Um romance terno e comovente sobre o amor e a mudança existencial, que leva à transformação pessoal e a uma viagem que não fica no limite de quaisquer fronteiras, libertando o mais íntimo das emoções e memórias de uma mulher que tocam o leitor de forma inesquecível.