O argumento para a composição da obra é inusitado a uma primeira vista, já que surge quase como um diário no qual a narradora propõe-se a confidenciar suas dores e tristezas. Mas ela não se contenta em apenas lamentar. Essa Maria quer empoderar suas irmãs, quer ofertar à posteridade o protagonismo roubado desde sempre. Como diria Marielle: vai além. Recria nove Marias, cada uma com uma história pessoal própria, com suas aventuras e caminhadas. Personagens meio imaginárias, retiradas das páginas da história não oficial (já que esta é reiteradamente escrita por homens), mas "Existe um lugar onde todas se encontram. Infelizmente, esse lugar chama-se dor."