eu tive medo, sim
tive saudade
mas inútil tentar deter com as unhas
a corrente
reter, com apelos
a luz da tarde
(trecho de "agora fobia")
Nas palavras de Maíra Mendes Galvão, que assina a orelha, “A tradução do poema 'o fim do amor', de Sophie Hannah, encapsula a dinâmica do livro: tratar do amor enquanto mote poético com alguma ironia, alguma culpa, afiado engenho e senso de desafio: olhar o upside-down do amor, e às vezes o avesso da poesia: o tema que ameaça a quididade da poesia, um tema-fantasma: e de fantasma o amor entende. Mas aqui há muito além do flerte com o kitsch. [...] Os poemas aqui, e talvez os amores, numa quase-paráfrase inevitável, são eternos e de curta duração – bons para se guardar”.
o fim do amor devia ser um grande evento.
no mínimo um baile de debutante.
por que não? acontece a todo amante.
por que passar sem reconhecimento?