A busca o leva aos primórdios da exploração dos povos nativos e aos matizes da escravidão. Assim, Cássio descobre a biografia de Eusébio, um escravo usado como reprodutor, que palmilha o Rio Grande do Sul de ponta a ponta, no crepúsculo da Revolta Farrapa, e se converte num revolucionário. O africano incumbe-se de vingar as torturas e desumanidades impostas aos indígenas e aos negros. Inspirado nessa figura ancestral o antropólogo se joga num projeto audacioso, apoiado pela bravura, ousadia e generosidade de mulheres insubmissas.
A obra pontua cenas épicas e regionais com narrativa ora crua, ora sensual. É um romance histórico que não revela heróis ou personagens livres de contradições, mas destila conflitos encravados na abundância dos afortunados ou no desespero e na inconformidade de quem luta para sobreviver.