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Literatura
A Débil Mental
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"O segundo romance da argentina Ariana Harwicz. autora do bem-sucedido Morra. amor. traz uma história protagonizada por mãe e filha que se espionam. se odeiam. se amam. Em um vilarejo distante de tudo. mãe e filha dependem uma da outra em um círculo de destruição mútua. mas também de afeição. Porque esta é. sim. uma história de amor – na qual. porém. um abraço pode acabar em facada. A única saída possível para elas está no amante da filha. o redentor capaz de transformar para sempre a vida de ambas. Esqueça o que leu a respeito de relações entre mães e filhas: Ariana Harwicz explora a convivência enlouquecida entre duas mulheres que já estiveram ligadas pelo cordão umbilical. mas agora estão unidas por violência. sexo e todas as pulsões que a sociedade reprime em nós e que aqui explodem de maneira descontrolada. A débil mental é uma leitura profundamente perturbadora. ainda que repleta de imagens de grande beleza – uma experiência incomum e por isso mesmo viciante.. O livro foi publicado originalmente em 2014 e é a segunda parte de uma trilogia “involuntária”. chamada por Harwicz de “trilogia da paixão”. pois os livros exploram a relação entre mães e filhos. Dela também fazem parte os romances Morra. amor [Matate. amor. de 2012]. lançado pela Editora Instante em 2019. e Precoce [Precoz. de 2016]. que chegará por aqui em 2021. A débil mental foi adaptado para o teatro na Argentina em 2019. Harwicz também é autora de Degenerado. de 2019.. ELOGIOS “Um continuum de imagens poderosas. rupturas verbais. diálogos loucos. E poesia. muita poesia.” – El País “As ficções de Harwicz não se encaixam em nenhum estilo de literatura e estão a meio caminho entre o solilóquio e o pesadelo. como se fossem o monólogo de um sonâmbulo. A débil mental conta uma história de amor siamês entre mãe e filha.” – La Nación “[...] traz recordações da melhor literatura feminina já escrita. a arrebentação incomparável d’As ondas. de Virginia Woolf.” – Clarín “Harwicz destaca-se em combater os tabus em torno de desejo feminino. lealdade filial. ausência de instinto materno e até mesmo de incesto.” – The Guardian Por que ler este livro? Esse livro nos arrasta para as entranhas mais radicais dos laços familiares. para um relacionamento brutal entre mãe e filha. É uma narrativa não linear. composta de breves quadros. que nos dá uma ideia da relação entre mãe e filha através de suas cenas cotidianas. Comparada a Virginia Woolf. Sylvia Plath. Clarice Lispector e Nathalie Sarraute. Ariana Harwicz é uma das figuras mais radicais da literatura argentina contemporânea. Sua prosa é caracterizada por violência. erotismo. ironia e crítica aos clichês que envolvem as noções de família e as relações tradicionais. Em 2018. a versão em inglês de Morra. amor (Die. my love) foi indicada ao Man Booker Prize."